18 de março de 2010

Algumas imagens da nossa realidade



Macapá, Março de 2009. O bairro Perpétuo Socorro, um dos mais antigos bairros da cidade. Nas fotos, a feira do pescado, uma das feiras mais tradicionais de Macapá e o canal do bairro. Até quando vamos resistir (e existir) sem saneamento básico?  G4

Por Petter Isackson - Acadêmico de Arquitetura da UNIFAP

8 comentários:

  1. Muito bem, meu caro amigo, o jargão mais uma vez se faz presente "uma imagem vale mais que mil palavras", e estas fotos provam e comprovam que ainda hoje brinca-se de fazer planejamento urbano.
    Estamos diante do CAOS, com uma organização inconsciente, dos que ali moram, que permite que se sobreviva.
    Para situar, este bairro fica de frente pro rio, verdadeiramente marginal, pois é vizinho do centro da casa do governo, faz parte de importantes fatos históricos da cidade.
    É um reflexo fiel da formação da cidade e de como ela está sendo conduzida, e vai-se ficando no esquecimento, na desvalorização na marginalidade, um espaço de exceção no meio do processo de globalização, de crescimento econômico da cidade.

    ResponderExcluir
  2. Comenta-se em preservar patrimônios históricos... claro que se deve preservar, afinal é a nossa memória, nossa história como sociedade, nossa identidade. Porém, o que é considerado como patrimônio histórico? o bairro do Perpétuo Socorro não deveria ser visto como um, já que se trata de um importante bairro da cidade? questões como essas precisam vir à tona, precisamos criar uma mentalidade crítica, ousar e demonstrar aos nossos gestores que tem gente querendo mudar pra melhor e que essa mudança é possível!

    ResponderExcluir
  3. Casos como estes demonstram claramente como o sistema de representação que a sociedade teima em construir é falho, sempre haverá como como consequencia o cidadão excluido, ou o interesse excluido.O principio da isonomia e da isegoria(grega) que permite ao cidadão ter voz, ser participante, estar presente ou seja, de ser cidadão! Ora, porque então não utilizamos esse nosso precioso direito? seria necessario torna-lo um dever para que o cidadão o exerça? A Lei nos permite nos organizarmos em comudades cooperativas e afins, porque isso não acontece? cadê a associação de moradores desses bairros? ONDE ESTÂO OS MORADORES?
    Já está na hora da população se mobilizar em vez de esperar o "milagre do executivo".

    ResponderExcluir
  4. Muito bem dito, caro Dhesso, existe uma politica, dos tomadores de decisão que vem justamente para manter essa situcão de descaso, omissão, com inicio na propria educação, que deveria iniciar os jovens na cidadania, mostrando-lhe seus direitos e deveres, mas isto não ocorre em nivel nenhum da educação, e principalmente, na basica e periferica. sem educação, emprego, moradia digna, e todos os direitos fundamentais, instaura-se uma sociedade clientelista, em sistema assistencialista, ou seja, a população espera sem muitas vezes poder fazer nada, puro desconhecimeto, enquanto, o pão, seja ele o alimento ou a palavra ou a cultura, lhe seja dado. o sistema educacional e politico, e economico, funciona para que a dialetica seja negativa, ao inves de situações contrarias serem distruidas e formarem uma nova melhor que a anterior, tenta-se fazer com que mesmo em debate se tornem normais e possiveis de coexistir.

    ResponderExcluir
  5. Dhesso, feliz comentário, concordo quando você questiona onde estão os MORADORES?! Os "cidadãos" se acham no direito de reclamar sobre os problemas na cidade mas não entendem que quem faz a cidade somos nós!
    Uma vez em um programa de TV que fala sobre a problemática das enchentes de São Paulo, o arquiteto Gustavo Penna comentou: "falta-nos GENTILEZA URBANA." Penso como ele, a cidade é a nossa verdadeira MORADIA, e esta MORADIA deve ser agradável, confortável e deve oferecer condições de lazer, emprego e renda à todos.
    Agora gostaria também de questionar ONDE ESTÃO OS ARQUITETOS E URBANISTAS DESTE ESTADO??!!

    ResponderExcluir
  6. "amigos! univos pela democratização da arquitetura!".

    Ao ler os post do Peter e do Wandeberg, me ocorreu um pensamento: "se existe o PD(plano diretor) porque só ouvi falar dele dicutindo qualquer tema com uns poucos amigos? se na cidade existe diversos problemas passiveis de discução ao publico, porque só tive conciencia deles atravez de algumas poucas pessoas que conheço?" eis a resposta: porque sou uma pessoa de muita sorte! tive uma educação excelente, estudei metade do meu ensino medio em uma escola tecnica pouco conhecida EFAP, aprendi muito sobre a area agropecuaria, sore os projetos da area os conflitos de terra etc. O fim do meu ensino medio na escola Tiradentes, conheci pessoas incriveis (professores e alunos) como o nosso amigo Wandeberg, Dheyme Mello e o Celson Trindade, pessoas extremamente discursivas, conheci professores incriveis como a prof(a) Neusa Olivia, Daimio entre outros, sem falar no meu convivio familiar com pais que não abrem mão da discução na mesa do almoço, e os amigos com quem falo sobre diversos assuntos dos mais futeis(como jogos e animes) aos mais complexos(matematica, educação, cultura, arquitetura, agropecuaria, direito etc), enfim posso dizer com orgulho nas palavras de um filosofo (não lembro o nome)"se pude ver mais adiante é porque estava montado sobre ombros de gigantes".

    Caros amigos a conclusão que tiro disso tudo, é o fato de não existir uma educação para os excluidos do discuso, ao menos um breve informativo (concordando com o noso amigo Wandeberg), pois só tomamos conciencia de determinado fato na medida que o conhecemos, ora se a população desconhece o assunto como podem discutilo? e mais além, digo que a população desconhece até o meio de informação, pois são poucas as pessoas qe podem ler blogs, ver o diario oficial, ler jornais etc, sem falar que esses veiculos (em muitos casos) são manipulados, assim a criação de um cidadão conciente acontece ao puro acaso, pura jogada de sorte. Por isso amigos, convido todos vocês a criar um movimento de "democratização da arquitetura", levar as pessoas essa conciencia para a melhora de nossa cidade.

    ResponderExcluir
  7. Caro Jeferson,

    primeiramente obrigado por ler e comentar nossas postagens. este blog foi criado exatamente com esse objetivo: discutir, mostrar o Amapá, a Macapá que pouco conhecemos.

    a questão que você colocou sobre como a população pode discutir algo se nem conhecem, é uma realidade que me encomoda profundamente. é típico, nas reuniões "democráticas" do Plano Diretor acontecer o famoso "Coffe Break", nada contra isso eu até gosto, mas, a questão toda é que os moradores carentes que vão à essas reuniões esperam por esse momento, não vão para discutir, propor, exercer sua cidadania, vão somente para se alimentarem... e aí, isso é democracia? realmente não há democracia alguma nas reuniões do Plano Diretor!

    outra coisinha: a universidade poderia aproveitar a deixa e exercer o seu papel de universidade, levando o conhecimento e informação para esses moradores, ou seja, realizando extensão!

    ResponderExcluir
  8. muito bem dito meu caro amigo pitter!

    programas de extenção devem ser amplamente discutido nas universidades, mais não podemos esquecer da media que tambem poderia estar trabalhando esses aspectos com o publico, transformar em cultura de massa a discurção do PD, de politicas publicas, das universidades e etc. Temos que parar de assistir a novelas e nos preocuparmos mais com temas mais produtivos

    ResponderExcluir