23 de março de 2010

Por que TEORIZAR sobre a Arquitetura?

                  O que faz uma ciência evoluir? ou qualquer área do conhecimento... Pode-se dizer auto conhecimento, auto critica. A detecção de falhas em seus processos, métodos e os estudos de como corrigi-los. Principalmente, naquelas em que o produto é a própria teoria gerada por suas indagações, questionamentos internos. E quando se trata de um campo de produção cultural, tridimensional que afeta diretamente o comportamento dos usuários.
                 E que deve saber sempre um pouco de tudo para que seu produto seja satisfatório? A utilização da multidisciplinaridade, para a arquitetura nem deve ser levantado,, pois é usualmente descrito como sendo o motivo da não evolução da Teoria e Critica da Arquitetura, a matéria arquitetura é interdisciplinar ou seja, dialoga com diversos ramos da ciência, podendo sim se apropriar de seus conteúdos, e isto é salutar, mas não pode ser confundido com a criação de teoria para a arquitetura.
Já que esta possui uma linha teórica especifica, sendo um fato que acontece no e condiz com o espaço, tempo e cultura em que está inserida. E que a partir do auto questionamento crítico, poderá avançar.
                 Alem do mais não,digo não, os arquitetos não podem escolher entre ganhar dinheiro, sendo apenas comerciantes de desenhos, ou desenhistas Sênior, ou fazer arquitetura, é sinal de fracasso da própria arquitetura, e da destruição da cidade, com construções grotescas.
Mas tudo tem um inicio, e esta crise também, a arquitetura caminha pouco, e tem cada vez menos teóricos arquitetos, pois a maioria tem uma formação que alem de desprivilegiarem a critica, são em suma uma mera instrução de como utilizar ferramentas, que devem ser tomadas como únicas.
                  Neste ponto, acredito que as revoluções do capital, prejudicaram de tal forma, tendo em vista a imposição da necessidade de um grande numero de profissionais que soubessem utilizar as novas tecnologias, técnicas, materiais apresentados por estas revoluções, para construir mais rápido, ter resultados mais rápidos.
                 Então, massificou-se o produzir arquitetura, mas não o pensamento critico, vicio-se em buscar fora da arquitetura algo para responder anseios nossos, velocidade, a palavra das ultimas décadas, ponham mais profissionais no mercado, "tempo é dinheiro" e por ai vai..., não podemos e não devemos nos esconder atrás de assuntos que não estudamos a fundo, ou que estudamos, para justificar uma arquitetura de segunda mão, ou para dizer que a arquitetura não é uma ciência ou arte ou campo cultural ou nada. Devemos sim é nos voltar a nós mesmos, pois rebaixar a arquitetura por uns caraminguas, e mesmo que sejam muitos, estaremos produzindo algo maior, e pior, uma cidade pior, pois somos nos os responsáveis pelas mudanças em nossa paisagem e na qualidade de vida. Mas como cumprir tal tarefa, se somos  "adestrados" para não fazê-lo!!!!!!!!!! ? G4


Por Wandemberg Almeida Gomes, Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo da UNIFAP.

18 de março de 2010

Algumas imagens da nossa realidade



Macapá, Março de 2009. O bairro Perpétuo Socorro, um dos mais antigos bairros da cidade. Nas fotos, a feira do pescado, uma das feiras mais tradicionais de Macapá e o canal do bairro. Até quando vamos resistir (e existir) sem saneamento básico?  G4

Por Petter Isackson - Acadêmico de Arquitetura da UNIFAP

Gestão Ambiental: Da Valorização da Natureza ao Uso do Espaço

Quando se fala em gestão ambiental, significa como esse espaço será habitado, que decisões serão tomadas, visto que, geralmente quem dá a útima palavra éo capital, é ele que seleciona, constroi e destroi um determinado espaço.
Gestão no preimeiro momento, se aplica no espaço, com o discurso preservacionista, como éo caso do parque do Tumucumaque, onde houve uma conferencia na Àfrica onde se votou e se aprovou que aquele local seria uma área restrita, com a seguinte justificativa de que será para as futuras gerações... isso sinceramente é conversa fiada, pois, so pensam em preservar apenas umas area de atuação enquanto o resto do mundo está sendo destruido, degradado pelas mesmas pessoas que aprovaram essa lei de restrição do parque, aqueles que gerem, comandam e apontam as decisões.
É a gestão que normatiza através da legitimidade a atuação de espaço, justamente para atingir os interesses dos governantes locais. Essa gestão também afeta o espaço como éo caso das mineradodas que aqui se estalam, distorcendo toda a dinamica  temporal daquele espaço, no caso Serra do Navio, sendo, que aquela população não está acostumada com aquele ritmo, mas, por uma questão de necessidade, se adaptaram aquele ritmo.
Pra finalizar, quero dizer essa transformações só acontecem para atender aos interesses do capital seja ele privado ou não, são os MAKE DECISIONS , que ditam as regras, constumes e as leis deste país tudu para benefício próprio.G4

Por Gabriel Rosa Acadêmico de Arquitetura da UNIFAP.

FNA: 30 ANOS DE LUTA

A FNA(Federação Nacional do Arquitetos e Urbanistas) faz 30 anos e, nesse periodo, muitas foram as nossas conquistas.Atuar como entidade nacional sindical que ajudou a fundar a central única dos trabalhadores nos anos de 1980, logo após a fundação da entidade, foi uam delas. Organizar sindicatos e ampliar a base, criando novos sindicatos ou intalando delegacias nos estados, representou um grande momento de necessidae de participação. Influenciar políticas publicas, especialmente na habitação; propor uma reforma urbana no país na constituinte e fazer parte da fundação do fórum nacional de reforma urbana foram momentos nos quais a FNA pode contribuir com idéias e apoiou avanços nos quais a sociedade organizada ampliou o debate social. Ganhar respeito nacional como entidade que defende a luta pela valorização do arquiteto e urbanista que amplia a defeza do salário mínimo profissional previsto na lei 4.950-A de 1966 tambem constituíram momentos de grande brilho para a entidade. Mas, todas as oportunidades que tivemos em nossa trajetória, não podemos nos esquecer daqueles que dela participaram, sejam como dirigentes ou como articuladores de todos os processos. E assim, foi inegável a contribuição dos colegas de todas as diretorias da FNA nesses 30 anos, desde Alfredo Paesani, passando por Clovis Ingenfritz da Silva, Newton Burmeister, Valeska Perez Pinto, Kelson Senra até Eduardo Bimbi. Esses presidentes iluminarama aFNA com seu trabalho democrático, perseverante e, acima de tudo, participativo. Somos uma entidade que apoia e  sempre apoiou as lutas das minorias, o avanço a democrático e o papel do arquiteto e urbanista como ser humano fundamental na construção. E nesse momento de muita alegria para todos no qual avançamos na luta pela construção do conselho próprio de fiscalização do exercício profissional; temos aprovada a Lei de Assistência Técnica; temos políticas na área de desenvolvimento urbano, enfim, os 30 anos de nossa entidade é uma enorme responsabilidade para todos. Comemorar é nossa alegria. Parabéns à todos. G4

Mais informações:

*Esse texto foi retirado de revista da FNA escrita pelo atual presitente Ângelo Arruda.

postado por Gabriel Rosa Academico de arquitetura da UNIFAP     

16 de março de 2010

SOBRE O PROCESSO DE VERTICALIZAÇÃO


 A cidade verticaliza-se, fica cada vez mais densa, e mais desenvolve-se, cresce. Bem crescer pode até crescer, mas desenvolver-se são outros bocados. Deve-se saber onde ela verticaliza-se, ou melhor onde o capital julgou mais propicio a verticalização, ai não importa o impacto no transito ou na rede de esgoto quando possui, nem se está em uma comunidade tradicional, e por ai vai... Por isso cresce, já que este processo valoriza de tal forma uma área que a população local acaba por ser “renovada”, o espaço urbano passa então “aproveitado”.

Mas para onde vai a população que possuía raízes naquele lugar , agora local (os termos se diferem pois o primeiro destina-se a um espaço onde se possui identidade com os elementos, sentimentos. Enquanto o outro é abordado pelo capital para definir áreas de atuação.) de certo não habitarão os edifícios ali instalados, estes serão “alocados” longe nas bordas da cidade. Portanto a cidade com o processo de verticalização descrito que não se alinha com as diretrizes dos planos da cidade tende a crescer obesa inchando mais e mais, também produz e não produz arquitetura, tão logo busca produtos, de habitar, sem se preocupar com o macro da cidade, e também cria marcos visuais que modificam a paisagem e a forma de relacionamentos em seu entorno imediato.

Uma lógica absurda, caos no sistema viário, durante o dia e ruas desérticas a noite, periferias de corpos amontoados em casebres, ou daqueles que até preferem morar nelas a “vantagem dos “gatos” de água, luz, dos impostos citadinos...

Tudo acaba virando oportunidade, seja para o grande capital imobiliário que lucra com suas torres, seja aquele que poderia “morar melhor”, mas aproveita o lugar onde está, seja o capital político, ou da politicagem, que ganha com o assistencialismo fornecendo para aqueles que tudo é mais difícil, “os corpos amontoados” e assim transportados muitas vezes ao seu local de trabalho, o mínimo para tentarem sobreviver, um pouco de esperança em épocas eleitorais regados a alguns tostões, esperança essa de melhoria de qualidade de vida que nunca chega, e estes últimos o que ganham? Doenças o ônus a violência, e por ai vai.

E vão incentivando e legitimando as invasões para por terras em especulação novamente no mercado informal imobiliário para depois no formal, agora com um pouco de infrestrutura, para voltar ao ciclo inicial de “despejos”.

Parece longe de nós, mas isto ocorre aqui mesmo, em Macapá, que importa tudo inclusive praticas de degradação da cidade. G4

Texto produzido a partir de reflexões feitas durtante disciplina Planejamento Urbano Regional.

Por Wandemberg Almeida Gomes, Acadêmico Arquitetura e Urbanismo da Unifap

12 de março de 2010

Dica de Livro



Venho destacar nesta minha primeira postagem no blog, um livro relacionado a habitação que li e recomendo, que se chama Origens da Habitação Social no Brasil do autor Nabil Bonduki, onde é abordado como ocorreu o processo habitacional e a lei do inquilinato na cidade de São Paulo, onde naquele momento a habitação era tratada como um caso de policia pelo fato de que aqueles que não seguiam as normas propostas pelo governo eram presos, bem como a destruição dos cortiços e o seu remanejo para conjuntos habitacionais... bom não vou me ater muito senão voces leitores não compraram o livro. Para quem quer seguir nesse caminho, esse livro é um ótimo comerço. G4
  
Por Gabriel Rosa - Acadêmico de Arquitetura da UNIFAP

11 de março de 2010

O Amapá rumo ao XIX Congresso Brasileiro de Arquitetos!


O IAB - Departamento de Pernambuco está a cargo de organizar, nas cidades de Recife e Olinda, de 01 a 04 de junho desse ano, o 19º Congresso Brasileiro de Arquitetos. Um evento que reunie arquitetos e estudantes de arquitetura de todo o país, para discutir e refletir a cerca da atividade profissional e da produção arquitetônica brasileira.

O 19º CBA, terá uma programação extensa e diversificada, desde apresentação de trabalhos acadêmicos e grupos de discussão à exposições de escritórios de arquitetura. A programação trará ainda a presença ilustre do arquiteto paraguaio Solano Benitez, um dos grandes nomes da arquitetura contemporânea sulamericana. A programação completa se encontra no site: http://www.19cba.com.br/

O Amapá marcará presença com a Universidade Federal do Amapá, através de professores e estudantes do curso de arquitetura da Instituição. Uma equipe de estudantes da UNIFAP já está se organizando em caravana, rumo à Pernambuco, terra do Frevo... G4

Por Petter Isackson - Acadêmico de Arquitetura da UNIFAP

9 de março de 2010

MANIFESTEM-SE

“Verticalização não é sinônimo de problema, nem horizontalização é de solução”, com estes dizeres proferidos no II seminário da Cidade em findos de 2009 faz-se necessário o alerta que a ordem inversa da frase também é verdadeira, ainda mais se tanto um quanto o outro forem feitos seguindo apenas os desígnios de mercado.

Afinal, a cidade muito além de ser um pedaço de terra a ser comercializada é o espaço de reprodução social, e se esta for o sistema de segregação e pobreza. Do clientelismo e da dialética negativa, da manutenção do erro, da fabricação de “marginais” (1).

Não é somente esperar que um bom Plano Diretor (PD) seja feito, é participar de sua elaboração. Os arquitetos, e principalmente estes, não podem se permitir a acomodação, e as glorias dos grandes projetos dos grandes grupos ou o dinheiro dos pequenos, é preciso que tomem o controle do planejamento da cidade, espaço da construção de sua arquitetura, mas para que a arquitetura não fique a reboque dos acontecimentos e que possa realmente se desenvolver e ser ARQUITETURA, e não mera construção ou escultura de fachadas.

E graças a certo desleixo dos arquitetos e interesses individuais do poder publico o PD da cidade de Macapá, pouco conhecido e praticado, é ignorado. Então, o que podemos esperar disso? G4

(1) Marginal: É tudo aquilo que está a margem de alguma coisa.

Wandemberg Almeida Gomes, acadêmico Arquitetura e Urbanismo.


8 de março de 2010

Tibá


Através da integração entre arte e ciência, intuição e lógica, razão e sentimento, a comunicação será enriquecida. A cada individuo se dá a possibilidade de trocar suas próprias experiências, de fazer parte de um coletivo verdadeiro, usando comunicação e criatividade em grupo.
O TIBÁ se dispõe em toda a extensão de seus programas, atendendo comunidades e organizações, por exemplo, nas áreas de bio-arquitetura, agroecologia e no planejamento de ecovilas. Mantém ainda convênios e intercâmbios com instituições, grupos e pessoas direcionadas para os mesmos fins.
Pesquisamos e desenvolvemos protótipos de moradias saudáveis e de sistemas agroflorestais. Também produzimos materiais didáticos, na forma de cartazes, documentários, jogos, manuais e livros.
Nossa equipe está disponível para realizar palestras, oficinas de trabalho e cursos fora do TIBÁ. Já apresentamos seminários em todo Brasil e outros países da América Latina, Europa e na Índia.
Da mesma forma, estamos abertos para receber outros grupos que estejam procurando um lugar especial e acolhedor para realizar diferentes atividades.
O TIBÁ está situado ao redor de uma praça no meio de uma área coberta pela exuberância da Mata Atlântica, por nós recuperada. Há várias trilhas pela floresta onde se pode ver muitos animais e árvores exóticas, riachos e açudes, pedras e cachoeiras, hortas e pomares sustentáveis.

No idioma tupi, tibá quer dizer :
LUGAR ONDE MUITAS PESSOAS SE ENCONTRAM

Por Petter Isackson - Acadêmico de Arquitetura da UNIFAP

5 de março de 2010

Vila do Mucajá

A Vila do Mucajá, localiza-se na cidade de Macapá-AP, esta foto foi tirada no ano passado (2009) por nós. O local tem sido um tema polêmico, pois o governo do estado irá remover os moradores para edifícios de apartamentos que estão sendo construídos nas proximidades da área. Essa política não é estranha às cidades brasileiras, que desde sempre preferiram "varrer a sujeira para debaixo do tapete". Remover as pessoas daquele local não irá melhorar as condições de vida dessas pessoas, só irá tornar Macapá uma típica cidade capitalista: segregada. G4

Obs.: A Vila do Mucajá fica próximo a orla de Macapá, um dos pontos turísticos da cidade.

Por Petter Isackson - Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo da UNIFAP

A importância da crítica de arquitetura

Tem-se em nossa sociedade uma conceituação bastante vulgar da palavra crítica, como se criticar algo fosse uma coisa detestável. Esta visão é precipitada e errônea, e portanto necessita ser modificada e desmistificada.

Ora, crítica é uma análise, uma avaliação, uma reflexão criteriosa e fundamentada, o que indica a necessidade de haver um método e um bom conhecimento sobre o assunto.

Podemos dizer, a grosso modo, que a produção de conhecimento na arquitetura é feita através da crítica, pois sendo a arquitetura um campo multidisciplinar do conhecimento, a atividade arquitetônica só pode ser melhorada a partir de sua discussão crítica!

Vejam só, não há arquitetura perfeita, não um método único e cem porcento eficaz de se projetar, mas há a crítica. Para criticar arquitetura, não necessariamente deve-se ser arquiteto (pois muitas pessoas possuem diplomas de arquiteto, mas de fato não são!), mas deve-se entender sobre arquitetura.

A crítica de arquitetura se faz importante na medida em que necessitamos de espaços agradáveis para viver, afinal não é esse o objetivo da arquitetura, servir às nossas necessidades além de se integrar ao ambiente? E como fazer isso? G4

Leia mais: http://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/169/fato-opiniao-o-que-e-critica-de-arquitetura-77737-1.asp

Leia mais: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq002/arq002_02.asp

Leia mais: http://www.arcoweb.com.br/artigos/a-critica-de-arquitetura-crise-da-critica-edson-mahfuz-03-05-2009.html

Por Petter Isackson – Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo da UNIFAP